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13 de junho de 2012

Poema da amizade

Faz mais de 20 anos, achei um recorde de jornal, se não me engano era do Estadão, datado de algo em torno de junho de 1962, sei lá, afinal faz tanto tempo... Nesse recorte havia um texto de autoria desconhecida enaltecendo a amizade. Hoje o titio Google o trouxe de volta pra mim.


 
imagem do blog pets could talk
Gosto de ti, não somente pelo que tu és, mas pelo que sou quando estou contigo. 
Gosto de ti, não pelo que consegues de ti mesma, como também pelo que consegues de mim. 
Gosto de ti por essa parte de mim mesmo que revelas. 
Gosto de ti porque, pousando a mão sobre o meu coração cheio de coisas, desprezas as tolas, frívolas e fracas que, entretanto, não podes deixar de entrever... e sublinhas de luz todas as belas e radiantes qualidades que ninguém mais, indo bastante ao fundo, soube ver. 
Gosto de ti por ignorares que sou capaz de ser insensato, e só quereres saber que sou capaz de ser bom. 
Gosto de ti por fechares ouvido às minhas dissonâncias... e aumentares a harmonia que há em mim, ouvindo-a com benevolência. 
Gosto de ti porque me ajudas a armar a estrutura da minha vida, não em taverna, mas em templo e das minhas cotidianas palavras, não numa censura, mas numa canção. 
Gosto de ti porque fizeste mais do que qualquer crença seria capaz de fazer por me tornar feliz. 
Tudo isto fizeste sem um contato, sem uma palavra, sem um gesto. 
Isso tudo fizeste sendo somente o que és.
Talvez seja isto afinal o que se entende por amizade!

Um comentário:

  1. LINDA A COISA DE POEMA...MAS TO DE SACO CHEIO DE
    DOCE POR FORA E AMARGO POR DENTRO...OH ENGODO QUE É O SER HUMANO VIU?

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