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19 de junho de 2012

O amor acabou. E agora?

Ninguém (ou quase) começa um relacionamento pensando no fim, mas como absolutamente nada dura para sempre, toda relação já começa predestinada a ter um final. É natural que se tente salvar um namoro ou um casamento, mas se até na hora do sim os noivos ouvem do padre: “até que a morte os separe”, é preciso aceitar que tudo tem começo, meio e fim. 

Uma multidão de pessoas sofre com relações frustrantes, que não levam a nada, entre outras razões: por insegurança, medo da solidão, medo do desconhecido, por valores culturais, familiares e religiosos e até por falta de amor próprio mesmo. Ninguém ama pelos dois. 

Mas quando é o momento certo pra pular fora do barco? Quando ele começa a fazer água ou quando já está quase afundando? Quando a relação deixa de ser saudável ou falta reciprocidade, pode ser um indício de que a canoa pode naufragar e não é preciso esperar a convivência se tornar um inferno pra abandonar o relacionamento. 

SUPERANDO UMA SEPARAÇÃO 

Admiro casais que mesmo depois de separados mantém uma amizade saudável e sincera, porque não deixaram seus relacionamentos chegarem a ponto de destruir o respeito que sentem um pelo outro. 

A fórmula pra esquecer um amor não existe, cada pessoa lida à sua própria maneira com a separação. E chorar não faz mal a ninguém, mas também tem limite. Sofra um dia inteiro, gaste duas caixas de lenços, depois levante a cabeça, respire fundo e siga a sua vida. 

Se a relação chegou ao fim, o melhor a fazer é aceitar que aquela pessoa pertence ao seu passado, acabou e pronto e guardar somente as boas recordações, com carinho, sem fazer do rompimento uma tragédia. 

Lembra quando você engatinhava e mamava no peito? Ou quando seus avós te carregavam no colo? Então... Aquele tempo já passou e não vai mais voltar. Assim também não vai voltar a ser como antes uma relação que se quebrou. 

CONTROLE SEU ÓDIO E NÃO SEJA CHICLETE 

Exorcize a figura de monstro. Mesmo que a pessoa tenha sido muito ruim para você, admita que em algum momento a escolha de estar com ela foi sua. Ficar com raivinha boba só vai ferrar com o a sua própria saúde. 

Quando você é capaz de parar para refletir com sinceridade sobre o que sua relação tinha de positivo e o que ela tinha de ruim e o quanto de louvor ou de culpa lhe cabe pelo fracasso, você está dando o primeiro passo para superar e seguir em frente. 

Admitir o fim, a perda, é melhor que se acabar em prantos ou ficar enchendo o saco da pessoa com telefonemas sem propósito no meio da madrugada, ninguém gosta de gente grudenta. “Se” a pessoa tiver que voltar (se), não vai ser pela sua pressão que isso vai acontecer. 

PULANDO DE GALHO EM GALHO 

Amor com amor se paga e amor com amor se apaga, desde que o mundo é mundo – a expressão seria de Padre Antônio Vieira – mas não é nem um pouco saudável sair por aí pegando geral, sem critério, só pra se curar de uma fossa, ou ainda pior, pra querer mostrar pra outra pessoa que é capaz de conquistar alguém. 

Colocar esparadrapo direto em cima de ferida aberta só serve pra inflamar; é preciso deixar a ferida “respirar” pra poder sarar. Não é legal sair por aí se atirando nos braços da primeira pessoa que vê pela frente. Cure a sua ferida primeiro. 

Se trancar na solidão de seu quarto também não vai te curar, em vez disso, se reaproxime dos amigos e amigas, conheça gente nova e lugares novos, retome as rédeas da sua vida social, saia da sua zona de conforto e dos lugares onde você pode encontrar com aquela pessoa, pelo menos até poder olhar pra ela sem sentir nenhuma mágoa. 
“Dizem que um amor com outro se paga e mais certo é que um amor com outro se apaga. Assim como dois contrários em grau intenso não podem estar juntos em um sujeito, assim no mesmo coração não podem caber dois amores, porque o amor que não é intenso não é amor. Ora, grande coisa deve de ser o amor, pois, sendo assim, que não bastam a encher um coração mil mundos, não cabem em um coração dois amores. Daqui vem que, se acaso se encontram e pleiteiam sobre o lugar, sempre fica a vitória pelo melhor objeto. É o amor entre os afetos como a luz entre as qualidades. Comumente se diz que o maior contrário da luz são as trevas, e não é assim. O maior contrário de uma luz é outra luz maior. As estrelas no meio das trevas luzem e resplandecem mais, mas em aparecendo o sol, que é luz maior, desaparecem as estrelas. Em aparecendo o maior e melhor objeto, logo se desamou o menor.” (Padre Antônio Vieira)

Um comentário:

  1. Sabe que voce tem razão miguxo. Ontem na novela o antigo amor do RUfão(heheh) constatou que ele não estava apaixonado nem pela bela nem pela fera,alias muito pelo contrario! Alias concordo com você pra frente é que se anda;eu que já tive um ex que até hoje é meu melhor amigo atesto:equilibrio e amor próprio caem bem sempre.
    Sair com qualquer um ou uma ,rsrs e achar que esta dando o troco pode provocar efeitos calaterais irreparáveis pra saúde fisica e mental.
    Continue assim ,mas um pouco o Ronie VOn te convida pro quadro em que ele da conselhos amorosos pras"bonitinhas" que escrevem pro Todo Seu, na Gazeta... Valeu a dica vou repassar para as pessoas que considero.

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