Olha a sacolinha aí de novo

A má educação das pessoas faz com que o plástico seja visto como um vilão na sociedade contemporânea. Elas jogam lixo na rua e ele demora para se decompor. Unindo a porquice das pessoas e a resistência do material, temos um dano ambiental incalculável. 

A Associação Paulista de Supermercados (APAS) resolveu que iria agradar aos ambientalistas e ainda faturar alguma grana com isso, lançou a campanha “Vamos tirar o planeta do sufoco” e conseguiu a suspensão de fornecimento de sacolinhas plásticas aos clientes de supermercados em todo o estado. 

Até o governador Geraldo Alckmin entrou na campanha e mesmo sem exame de DNA, tentou assumir a paternidade da criança, como se a idéia de banir o uso de sacolas plásticas fosse dele. Quem ganhou dinheiro foram as agências de publicidade!

A VOLTA DO MONSTRO DA SACOLINHA 

Sacola vai... sacola vem... a polêmica em torno do saquinho malvado (leia aqui) já está virando novelinha. Ontem o judiciário paulista decidiu que o consumidor não pode arcar com o ônus de proteger o meio ambiente sozinho e que os supermercados têm 48 horas para voltar a dar suas sacolinhas para as pessoas sem educação jogarem nas ruas e nos rios. Cada um faz o que aprendeu em casa. 

A juíza que liberou mais uma vez as sacolas criticou os supermercados porque os preços dos produtos não caíram (cada sacola custa algo em torno de três centavos) e disse que a suspensão do fornecimento de sacolas é simplista, “não sendo digna do compromisso ambiental que o país espera de suas grandes empresas”. 

Trocando em miúdos: os supermercados fazem um baita dum marketing em cima das sacolinhas e muito provavelmente nada além disso para a defesa do meio ambiente! 

Mas fiquem tranqüilos, porque cabe recurso da sentença e neste país nada é para sempre, o que um juiz diz, o outro “desdiz” e já já a tão famigerada sacoleta vai embora de novo. E depois volta. E depois vem... 

Eu vou continuar usando minhas sacolas retornáveis. Não vai cair a mão se eu levar sacola de casa pro supermercado. Assim como não cai a mão quando eu devolvo o carrinho de compras no lugar certo e não deixo ele no estacionamento. Imagens extraídas dos blogs Artes Rider e Vida Pink.