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20 de junho de 2011

sacolas plasticas abolidas em mais uma cidade

Antigamente, quando alguém ia ao supermercado, levava sempre uma sacola de casa. Haviam muitos modelos e cores e era tão habitual o seu uso que ninguém saía de casa sem elas. Depois alguém inventou de ganhar dinheiro com a fabricação e venda de sacolinhas plásticas descartáveis e a população aderiu rapidamente, abandonando o antigo hábito, que era ambientalmente mais adequado.

 sacolinhas plásticas (foto: AE / iG Último Segundo)

Só nos supermercados paulistas, são consumidas aproximadamente 2,5 bilhões de sacolas por mês. Essas sacolas nem sempre são descartadas adequadamente e um número incalculável delas acaba sendo jogada em ruas, quintais e terrenos, vai parar em bueiros, rios e córregos e acaba chegando ao oceano, arrastada pelas correntes.

LOUVEIRA PROIBIU O USO DA SACOLINHA

Algumas campanhas contra a sacola plástica sempre brotaram aqui e ali, por iniciativas isoladas de pessoas, ONGs, empresas, mas agora começa a ganhar força, se transformando em lei em muitas cidades brasileiras, como Louveira, no interior do estado de São Paulo, onde o uso das sacolinhas vilãs está proibido desde o dia 31 de março. 

No município um grande número de comerciantes já está oferecendo a seus clientes a opção de adquirirem sacolas retornáveis e um custo muito baixo, em torno de R$ 2,00. Adquirindo só uma vez a sacola, o cliente poderá usá-la em inúmeras compras, diluindo seu custo e o principal: evitando que centenas de sacolinhas plásticas sejam descartadas.

As sacolas retornáveis que caíram no gosto da população de Louveira são fabricadas em pano não tecido de polipropileno, com alças sintéticas do tipo usado em mochilas, têm um tamanho muito bom, são super leves, versáteis, custam pouco, ocupam pouco espaço na bolsa e cabe uma porção de coisas nelas. Segundo seu fabricante, elas são duráveis, resistentes e suportam até 15 Kg de peso, desde que os produtos não sejam perfurantes ou cortantes. Eu aprovei a minha, não saio de casa sem ela.

sacolinhas retornáveis à venda em Louveira (foto: WP)

Outras cidades paulistas, como Jundiaí, já tiveram a mesma iniciativa. E em maio, a Associação Paulista de Supermercados assinou compromisso com o governo estadual de suspender o fornecimento dessas embalagens nos estabelecimentos de todo o estado até 2012.

DEZ RAZÕES PARA RECUSAR SACOLAS PLÁSTICAS

1. Os plásticos convencionais levam cerca de 400 anos para se decompor. Segundo um levantamento do Ministério do Meio Ambiente, de 2009, cada família brasileira descarta cerca de 40kg de plásticos por ano e mais de 80% dos plásticos são utilizados apenas 1 vez.

2. Por serem leves, os sacos plásticos voam com o vento para diversos locais e acabam poluindo não apenas as cidades, mas também nossos biomas, as florestas, rios, lagos e oceanos.

3. A sopa de lixo que flutua pelo oceano Pacífico contém mais de 100 milhões de toneladas, sendo que 90% são constituídos de detritos de plástico. Desse total, 80% vêm do continente.

4. Nos oceanos, as sacolas plásticas se arrebentam em pedaços menores e se tornam parte da cadeia alimentar de animais marinhos dos mais variados tamanhos. Ao ingerirmos esses animais, engolimos também resíduos de plástico que fazem mal à nossa saúde.

5. A ingestão de pedaços de sacolas plásticas já é uma das principais causas da mortes de tartarugas, que confundem o plástico com comida e têm seu aparelho digestivo obstruído. Estima-se, ainda, que em torno de 100 mil mamíferos e pássaros morram sufocados por ano por ingerirem sacos plásticos. Na Índia, cerca de 100 vacas morrem por dia por comerem sacolas plásticas misturadas a restos de alimentos.

6. Nas cidades, as sacolas descartadas de maneira incorreta entopem bueiros, provocando enchentes, que causam a morte de pessoas e animais domésticos, destroem plantas e árvores e até contribuem para que os peixes nadem para fora do leito de rios e morram.

7. Jogadas em um canto qualquer da cidade, as sacolinhas podem acumular água parada e permitir a proliferação do mosquito da dengue.

8. O plástico já é o segundo material mais comum no lixo municipal. Quando os aterros chegam à sua capacidade máxima, é preciso abrir outras áreas – que poderiam ser utilizadas para plantio de vegetação nativa, por exemplo – para o depósito de resíduos.

9. O material orgânico depositado em sacos plásticos demora mais para ser degradado e decomposto em nutrientes e minerais, que serão utilizados em outros processos biológicos.

10. Com a decomposição lenta dos resíduos orgânicos aprisionados nas sacolas plásticas, produz-se mais metano e CO2, que são liberados quando a sacola é rasgada e contribuem para a aceleração do aquecimento global. (fonte: Super Interessante)

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