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18 de setembro de 2011

Tapiraí três graus abaixo de zero


Uma cidadezinha simpática, encravada no lado continental da Serra do Mar, oferece uma vida tranquila aos seus pouco mais de dez mil habitantes, que respiram um dos ares mais puros do sul do estado de São Paulo e uma agradável estada ao turista que busca sossego e contemplação da natureza. É Tapiraí, o "caminho das antas".

 Vista parcial da área central de Tapiraí

UM QUENTÃO PRA COMBATER O FRIO

No verão a temperatura já é amena durante a noite, mas é no inverno que o tapiraiense sente temperaturas extremamente baixas, com histórico recente de marcas negativas em até três graus Celsius e uma névoa densa que surge a qualquer momento do dia, encobrindo a cidade como o fog londrino.
Névoa envolvendo a paisagem

Esse clima já ajudou Tapiraí a ser um importante produtor de erva mate, mas como a região foi finalmente reconhecida como área de preservação ambiental, o cultivo foi sendo reduzido até que a fábrica de chá foi desativada e quase todos os arbustos remanescentes já foram engolidos pela vegetação nativa, repleta de belas bromélias.

Bromélias dão uma incomparável beleza à paisagem

Hoje seu produto agrícola mais importante é o gengibre, cuja qualidade incomparável garante seu lugar no mercado externo, para onde é vendida quase a totalidade da produção e em escala ligeiramente inferior, são produzidos inhame e mandioquinha.

Anualmente realiza-se na cidade a Festa do Gengibre, onde são expostos diversos produtos agrícolas e a população e os turistas se divertem em shows de excelente qualidade (não pergunte quem paga), com grande diversidade de barracas de alimentação e bebidas. A raíz predomina nas receitas e vale a pena provar o quentão, o bolo, a tapioca e outros comes e bebes à base de gengibre. 

A foto abaixo foi feita em 2010, logo que o pavilhão de exposições foi aberto, e minutos depois o espaço já estava lotado de pessoas, apreciando e comprando as delícias da roça.

Exposição agrícola na Festa do Gengibre 

BELAS SERRAS E CACHOEIRAS

Para um banho refrescante no verão, para esportes radicais ou apenas para curtir a  vista e o frescor em meio à mata, o município oferece a você várias cachoeiras e corredeiras. Todas  lindas e merecedoras de sua admiração e respeito. Veja aqui o mapa de turismo ecológico disponível no site oficial do município.

 
Uma das várias cachoeiras de Tapiraí

 A Mata Atlântica tenta sobreviver ao "reflorestamento" 

DESTRUINDO A MATA ATLÂNTICA

Decepcionante em Tapiraí é ver que o cultivo de pinus e eucaliptos, como em tantas outras cidades, invade impiedosamente a floresta, nos recantos ocultos, destruindo a fauna e a flora nativas, empobrecendo o solo e esgotando mananciais. Por onde andará a fiscalização?

Triste é ver que a própria administração pública já invade áreas de vegetação nativa para a construção de moradias e não pensa duas vezes em canalizar o que já foi um belo riacho cortando a região central.

De reprovável conduta ambiental, o senhor Alvino Guilherme Marzeuski (PSDB 45) é o tucano-mor, prefeito e dono de pelo menos uns 500 hectares de terras, onde mantém atividades de serraria e plantações dessas pragas que degradam o bioma da Mata Atlântica.

Administração constrói em área de mata nativa

Prefeitura matando córrego no centro de Tapiraí

 SUPERVALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA

Isso se ele já não tiver vendido alguma data, porque fora as terras destinadas à degradação da Serra do mar, tem ainda os lotinhos que o prefeitão tenta vender para a própria administração! 

O terreninho urbano de 10 mil metros quadrados que o digníssimo "prefeito Alvino" quer empurrar para o povo de Tapiraí por R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil reais) em 2011, pasme: valia apenas R$ 76.337,00 (setenta e seis mil e poucos reais) em 2008, segundo sua própria declaração de bens ao TSE quando se candidatou à reeleição. Peraí, isso já é muita tucanagem!

 
 Alvino criou lei para vender seu terreno

UM TUCANO É SEMPRE UM TUCANO

Tapiraí não aprende mesmo a votar. A cidade já conviveu com Carlos Colombo, também do PSDB, que foi cassado por irregulares em concorrência pública e contrato de prestação de serviços de transporte escolar. Colombo dançou por menos, Alvino.

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