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27 de agosto de 2012

Que falta faz a educação

Se tem uma coisa que me deixa putizado é falta de educação, não daquela que chamamos ensino e que se compra em faculdade, mas dessas que mãe dá pra gente de graça, desde pequenininho, e que a gente pratica no dia a dia.

Um exemplo clássico de falta de mãe que educasse é o abandono de carrinho de supermercado atrás de carro alheio no estacionamento. Você vai todo bonitão (ou toda linda) no supermercado, anda exaustivamente de um lado pro outro, enchendo seu carrinho e desviando de gente sem noção que parece estar dormindo nos corredores, atrapalhando a sua passagem, tromba com crianças que parecem ter saído de uma prisão, onde nunca tiveram espaço pra correr e tem outros pequenos aborrecimentos que são comuns onde se aglomera gente, mas o pior ainda está por vir.

Depois que uma pessoa que está à sua frente na fila do caixa consulta os saldos de onze cartões, faz um cheque e preenche o cadastro, paga conta de luz e faz recarga de celular, outro para na metade do registro da compra pra buscar um produto que esqueceu e volta depois de quatro minutos, te empurrando pra voltar ao caixa, outro abandona metade das mercadorias na esteira à sua frente, porque tem olhos maiores do que a carteira e mais alguém fica te empurrando e sapeando enquanto você tenta digitar a senha do seu cartão, eis que...

UM FOLGADO PASSOU POR AQUI

Você chega no estacionamento e tem dois carrinhos vazios abandonados atrás do seu automóvel, mais um encostado na lateral e um amassadão na lataria do seu lindo carro. Tem coisa mais gritante pra mostrar que a pessoa é mal educada e egoísta do que fazer compra em supermercado? Pior é que tem, mas voltemos ao carrinho.

Tem gente que simplesmente acha que vai cair a mão ou o braço se tiver um pouquinho, um mínimo que seja, de civilidade e levar o carrinho vazio de volta para o lugar dele. É o mesmo tipo de gente que levanta da mesa no restaurante e larga a cadeira no meio da passagem e que anda a 40 por hora, na faixa da esquerda, em avenida com limite máximo de 80, gente que solta fumaça de cigarro na sua cara e ainda joga a bituca no chão.

Existe um termo pequenino, com três palavrinhas, para resumir o que eles são, mas eu me recuso a escrever aqui.

Carrinho de supermercado enfrenta sozinho a polícia palestina
(Foto: 
Oded Balilty - Associated Prress)

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