Páginas

10 de agosto de 2011

A vida começa aos 60


A vida é dura só pra quem é mole. Em 1966, lá pelos seus 17 anos de idade, Diana Nyad passou três meses de cama, com uma inflamação no coração. Aos 18 ela fugiu do quarto da escola onde estudava, pulando do quarto andar com um páraquedas improvisado.

Hoje, a poucos dias de completar 62 anos, ela ainda está  muito bem disposta, cheia de vigor físico e se não fossem fatores alheios à sua vontade, teria realizado um sonho que a acompanha desde aqueles tempos: ser a primeira pessoa a fazer a nado a travessia de 103 milhas entre Havana (Cuba) e Key West (Estados Unidos) sem gaiola de proteção contra tubarões,  tudo pela estúpida mania humana de querer ser o primeiro a fazer algo... Pelo menos ela tem coragem e disposição.

UM POUCO MAIS SOBRE DIANA NYAD

Nascida em New York aos 22 de agosto de 1949, Diana é uma das melhores nadadoras do planeta Terra e várias vezes recordista mundial, tendo mantido por uma década o recorde de nadadora de maior distância. Em 1978 ela já tentou a façanha da travessia de 166 Km entre seu país capitalista selvagem United States of America e a socialista arcaica Cuba, mas sem sucesso.

Na época ela tinha a tenra idade de 28 anos e nadou protegida por uma gaiola de aço, mas o vento e ondas fortes empurraram as bóias de sustentação e a tiraram do curso. Nadou 76 das 103 milhas, mas desistiu porque estava demasiado fora da rota. Em 1997 a australiana Susan Maroney conseguiu completar a travessia, com 22 anos de idade.

Agora contando com equipamentos de alta tecnologia para afastar os gulosos tubarões que poderiam ver nela um petisco e devidamente escoltada por uma competente equipe de apoio, que incluía mergulhadores especializados em combater esses bichos malvados, médicos e nutricionistas, Diana tentou fazer oficialmente o que vários aventureiros cubanos já fizeram ilegalmente, sós e sem nenhum apoio, na louca busca pelo decadente American Way of Life.

E talvez milhares de cubanos já tenham virado papinha de tubarão, ajudando a engordar os famigerados e nada fofos bichinhos nessa louca tentativa de chegarem aos EUA através do mar.

Assumidamente lésbica e cultivando um corpão sarado (foto acima), a loira é motivo de orgulho para a comunidadade "GLBT qualquer coisa" (cada dia tem uma letra a mais). Ela já se aventurou pelo squash e até tênis ela já jogou, mas se destaca mesmo é nas braçadas, acumulando vitórias, troféus e recordes.


Após treinos intensos, a corajosa mulher caiu na água no último domingo, na Marina Hemingway, na capital cubana e pretendia chegar de volta ao seu país de origem nesta quarta-feira (hoje), nadando aproximadamente 60 horas sem dormir, com pausas apenas para ingerir líquidos e alimentos leves, a cada hora e meia.

Esperávamos por ela na Flórida, mas as fortes ondas do mar, as dores nas costas e a asma fizeram com que ela desistisse no início da madrugada de ontem. Mesmo não conseguindo atingir seu objetivo da travessia, Diana, que pretendia também reaproximar os dois países, declarou que o fato não a entristece e que sua decisão de desistir foi correta.

A brilhante nadadora de resistência que deixou os esportes aquáticos faz 30 anos para dedicar-se ao jornalismo havia dito antes de iniciar sua aventura que nunca sonhou que tornaria a fazer isso e que nadar longas distâncias é "para os jovens". Para os jovens? Então tá. Sobre a sua motivação de seu grande feito, ela disse que gostaria de provar para as outras pessoas de 60 anos que nunca é tarde demais para realizar seus sonhos.

Fontes: www.diananyad.com/about-diana/, CNN e outras

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente...

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.