Mike canta "shananá" no Faustão em março de 2010 (Foto: Globo)
os vídeos desta postagem foram mantidos
por não se tratarem de obras artísticas de uso
$ COMERCIAL $
A humanidade é mesmo promíscua, insana. As pessoas são mesmo cruéis. Em um momento usam um cara simples e sem esperanças para se divertirem, noutro o submetem a reiteradas humilhações e degradam o restinho de humanidade que resta em sua alma.
Maike Pereira da Silva foi o nome dado a ele pelo pessoal da televisão, porque o homem de aparência tosca cresceu nas ruas, abandonado desde a infância pela família, rejeitado e temido pela sociedade e nem registro de nascimento constava ter.
É um dependente químico que vive de divertir os outros com sua própria desgraça. Em Belém (Pará) ele é conhecido como Maike do Mosqueiro, uma figura sinistra, como tantas outras que perambulam pelos becos e pelas avenidas deste país. Um homem que todos querem tirar sarro.
Mosqueiro é uma ilha fluvial, parte da capital paraense, cujo nome parece originar-se da palavra moqueio, prática de conservação de peixes dos índios Tupinambás originários dali, um tipo de defumação. Apesar do nome sugerir asco, a ilha onde Mike vive é um belo balneário turístico.
Mike do Mosqueiro é mais um viciado entre tantos, que não nasceram cheirando cocaína, mas ao caírem em alguma arapuca da vida optaram por extravasar suas dores nas drogas.
É um dependente químico que vive de divertir os outros com sua própria desgraça. Em Belém (Pará) ele é conhecido como Maike do Mosqueiro, uma figura sinistra, como tantas outras que perambulam pelos becos e pelas avenidas deste país. Um homem que todos querem tirar sarro.
Mosqueiro é uma ilha fluvial, parte da capital paraense, cujo nome parece originar-se da palavra moqueio, prática de conservação de peixes dos índios Tupinambás originários dali, um tipo de defumação. Apesar do nome sugerir asco, a ilha onde Mike vive é um belo balneário turístico.
Mike do Mosqueiro é mais um viciado entre tantos, que não nasceram cheirando cocaína, mas ao caírem em alguma arapuca da vida optaram por extravasar suas dores nas drogas.
Mike detonando a música Love Hurts da banda Nazareth
A SOCIEDADE ESTÁ DOENTE ...
O fato aconteceu em outubro de 2010, o relógio marcava 15 horas. Poucos meses depois de ganhar uma graninha no quadro "se vira nos 30" do Domingão do Faustão, programa popularesco da Rede Globo, Maike ameaçava com uma peixeira as pessoas que se aproximavam dele, reação de um ser marginalizado.
O povo chamou a polícia e Maike não teve dúvidas, encostou a faca no próprio pescoço e ameaçou se matar.
O povo chamou a polícia e Maike não teve dúvidas, encostou a faca no próprio pescoço e ameaçou se matar.
Depois de uma hora de perrengue, Mike foi contido e algemado e levado pra delegacia. Lá ele balbuciava e chorava, um pedido desesperado por socorro. Foi internado no Centro de Recuperação de Dependentes Químicos Força do Querer, de onde já tinha fugido duas vezes.
Tiraram proveito deste homem para ganhar audiência
Depois de ele se virar nos 30 em março de 2010, fizeram até um RG pro Maike e colocaram a grana (do prêmio) dele em uma conta, ou pelo menos é isso que disseram, mas misteriosamente desapareceram o documento e o cartão do banco. E sumiu também o violão.
É difícil não rir da performance musical de Maike, mas só disso. Não dá mesmo para rir da situação do homem. Isso é um exemplar da verdadeira minoria desfavorecida, aquela que não tem "representantes", não vive de ONGs e de aparições na tevê.
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