Armas usadas por torcedores em confronto anterior (Foto: JB Neto/AE)
André Alves Lezo, torcedor
palmeirense de 21 anos de idade, passou para as estatísticas das vítimas de
torcidas organizadas ao morrer na noite passada, após ser atingido por um tiro
na cabeça durante confronto entre alguns integrantes das torcidas Mancha Alvi Verde
do Palmeiras (antiga Mancha Verde) e Gaviões da Fiel do Corinthians, que aconteceu de manhã na Zona
Norte da capital paulista. Mais duas pessoas foram internadas com ferimentos
graves.
A selvageria pode ter sido
combinada por redes sociais, como especulam alguns, que sempre culpam a
internet pela bestialidade de uns e outros. É triste atribuir-se a uma
ferramenta tecnológica a imbecilidade humana.
A briga aconteceu na avenida
Inajar de Souza, na Freguesia do Ó, muito antes do jogo entre os dois times
arquirrivais, vencido pelo alvinegro pelo placar de 2 a 1 e como é de costume,
a Polícia Militar havia montado esquemas de segurança nos principais pontos de
passagem das torcidas, mas como a batalha aconteceu muito antes do previsto,
não houve como ser evitada.
HAVIA ESCOLTA SIM SENHOR
Conforme divulgado no Portal G1,
o governador Geraldo Alckmin (PSDB) declarou: “A informação que o coronel
Álvaro Camilo nos passou é que não houve solicitação de escolta”. Se entendi
direito, mais uma vez nosso governo está mais preocupado com sua imagem do que
com os fatos, ou não?
Ao contrário da afirmação que não
teria sido solicitada escolta, noticiou-se que duas viaturas faziam sim a
escolta do ônibus da torcida palmeirense. Segundo o site Meu Timão, um cabo da
PM teria declarado à Globo que o número de torcedores era muito grande e eles
usavam bombas e polícia viu-se obrigada a recuar
Em uma cidade com as dimensões de
São Paulo, torna-se praticamente impossível prever todos os locais onde podem
ocorrer os embates entre torcidas e isso não tem nada a ver com pedido de
escolta e sim com a logística da Polícia Militar na prevenção e repressão da
violência (se bem que às vezes a repressão é mais violenta que a ação em si) e
reconhecemos que a PM desenvolve um excelente trabalho preventivo, mas não pode
estar em todos os lugares ao mesmo tempo, senhor governador. Deixe de politicagem e deixe a segurança pública nas mãos de quem entende dela.
AGREDIDO POR POLICIAIS MILITARES
O torcedor que morreu em
conseqüência da briga generalizada de ontem participaria ativamente de torcida
organizada e já teria estado envolvido em pelo menos dois conflitos anteriores,
sendo que no início de fevereiro, Lezo e outro torcedor teriam acusado policiais militares de os
agredirem após uma confusão envolvendo as torcidas Mancha Alvi Verde e Pavilhão
Nove, na marginal do Rio Tietê.
Especula-se que o confronto de
ontem tenha ocorrido em revide a outra briga entre as mesmas torcidas, quando o
torcedor corintiano Douglas Karin Silva foi assasinado, supostamente por
integrantes de torcida palmeirense e seu corpo foi jogado no Rio Tietê,
conforme divulgado no site Lancenet.
Comenta-se ainda na rede que nesse embate (no assassinato do corintiano) um irmão de André Alves Lezo teria sido baleado. Questiona um internauta: "Será que os irmãos Lezo fariam parte da linha de frente da torcida Mancha Verde?".
Tiago, irmão de André, foi preso na segunda-feira por policiiais que investigam os crimes cometidos por alguns integrantes das duas torcidas. Lucas, outro irmão dele, é a pessoa que no ano passado foi alvejada na barriga por um tiro que, segundo o baleado, foi disparado pela Polícia Militar durante um confronto de torcedores contra policiais.
E lamentavelmente outro torcedor, o Guilherme Vinicius Jovanelli Moreira, o Zulu, que estava internado por conta das atrocidades do último domingo, também faleceu na terça-feira.
Comenta-se ainda na rede que nesse embate (no assassinato do corintiano) um irmão de André Alves Lezo teria sido baleado. Questiona um internauta: "Será que os irmãos Lezo fariam parte da linha de frente da torcida Mancha Verde?".
ATUALIZANDO EM 28/03/12
Tiago, irmão de André, foi preso na segunda-feira por policiiais que investigam os crimes cometidos por alguns integrantes das duas torcidas. Lucas, outro irmão dele, é a pessoa que no ano passado foi alvejada na barriga por um tiro que, segundo o baleado, foi disparado pela Polícia Militar durante um confronto de torcedores contra policiais.
E lamentavelmente outro torcedor, o Guilherme Vinicius Jovanelli Moreira, o Zulu, que estava internado por conta das atrocidades do último domingo, também faleceu na terça-feira.