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29 de fevereiro de 2012

Diário oficial publica triângulo amoroso

 
imagem de intrometendo.com

"NÃO SOU MORALISTA
ADORO SEXO"
 
E quem não adora? Por distração ou falta de cuidado ao manipular arquivos em seu computador, uma funcionária  do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 13ª Região deixou escapulir uma carta de desabafo que fez para um homem com quem mantinha um romance e o texto foi publicado no Diário Oficial do dia 16 (página 18), escancarando ao mundo o fim de seu seu romance. 

27 de fevereiro de 2012

Virgem concede entrevista exclusiva?

Elias garante que a Mãe de Jesus Cristo aparece para ele, com exclusividade e com dia e hora pré-agendados. O cara é tão importante que a Virgem Maria só aparece pra ele... Gente chique é outra coisa!

imagem da net

Nossa Senhora elitista? Não, não dá pra levar isso a sério! Claro que esse é só mais um dos incontáveis casos de supostas aparições que vira e mexe alguém sai por aí alardeando e a gente, é claro, acredita nisso tudo. Não é mesmo?

Elias se auto-denomina frei e as supostas consultas com hora marcada aparições foram matéria do programa Fantástico de ontem. As câmeras não capturaram as imagens de Virgem Maria, mas frei Elias garante que ela estava lá: “Segurava um rosário e estava com sua mão encostada sobre o coração e o véu voava”.

Carmo da Cachoeira é uma cidadezinha muito bonita em Minas Gerais onde tudo isso acontece e coincidência ou não, é perto de Varginha, a cidade onde já disseram ter visto extraterrestres. Você lembra? 



Eu acredito no frei Elias, no ET de Varginha e na mula-sem cabeça! Acredito até que José Serra vai ganhar pra prefeito de São Paulo este ano (segundo pesquisa recente, ele já alcançou 33 %... de rejeição - parabéns).

6 de fevereiro de 2012

Paulista FC - sua história


 

galo, o mascote do time


Num momento que a equipe desponta como líder do Campeonato Paulista de Futebol da 1ª Divisão, superando até mesmo o Timão na tabela, a grande mídia dá destaque à excelente atuação do Paulista, o Galo, o tricolor de Jundiaí. E este humilde blogueiro traz, para você um resumo despretensioso da história do clube..

Foi por conta do desenvolvimento da cultura cafeeira que a malha ferroviária do Estado de São Paulo expandiu-se e se manteve ao longo de décadas como o mais importante meio de transporte paulista, infelizmente sucateado por vários desgovernos em nossa história recente.

E foi na esteira da Cia. Paulista de Estradas de Ferro que incontáveis ingleses se instalaram no eixo Campinas-Jundiaí a partir de 1872 e levaram para a região alguns de seus hábitos culturais, entre eles o futebol.

NO TEMPO QUE SE JOGAVA DE GRAVATA


Nos informa Lucato, em seu livro “Jundiahy Foot Ball Club ou Paulista F. C.” (Ed. Literarte, 2002)*, que em 23 de junho de 1903 nascia o embrião do atual líder do Campeonato Paulista, em uma partida em que o Jundiahy venceu pelo placar de 3 a 1 a Associação Athlética União da Lapa.

capa de livro de Cláudio Lucato

Dos dois lados os jogadores eram quase todos estrangeiros - a maioria britânicos - e usavam como peça obrigatória de seu uniforme um tipo de boina e, quase inacreditável: usavam gravatas. Um vagão de trem servia de vestiário para os nobres pioneiros do esporte no município.

Mas nem só os gringos deixaram sua marca nos anais do time, que teve em seu elenco importantes jogadores de várias origens, tais como o excelente centro-avante Camargo, negro de causar orgulho, conhecido como “gigante de ébano”.

NASCE OFICIALMENTE O PAULISTA


A equipe inicial foi desfeita em 1908, mas no ano seguinte um empolgado grupo de ferroviários decidiu reviver as emoções do esporte, criando definitivamente o time “Paulista Football Club”, fundado em 17 de maio de 1909 e tendo como seu primeiro presidente John Lewis Jones.

O time era formado por uma agremiação de trabalhadores da companhia ferroviária e por isso recebeu o nome de Paulista. Em seus primeiros 40 anos, o time era composto quase exclusivamente por trabalhadores da ferrovia e embora não pertencesse à Cia. Paulista, recebia seu apoio.

Aliás, os primeiros campeonatos eram disputados internamente, entre grupos de funcionários, só em 1919 o Paulista filiou-se à associação estadual, chegando no mesmo ano a campeão do interior e a vice-campeão do Estado de São Paulo, só perdendo, disseram, com um “gol de mão” do time adversário, no final do jogo que terminou com o placar de 5 a 4. Já em 1921 e 1922 o Paulista voltaria a levantar a taça.

Em 1933 o time da Terra da Uva ingressou na recém fundada Federação Paulista de Futebol, o primeiro passo para sua profissionalização, que aconteceu em 1948, quando passou a integrar a 2ª Divisão do futebol paulista.

TORRES DE LUZ, PASSE E TIJOLOS


O estádio do Paulista foi um dos primeiros do Brasil a ter iluminação (1928), permitindo a realização de jogos noturnos. Com campo iluminado, os treinos aconteciam depois do expediente normal dos funcionários na companhia ferroviária. As torres de iluminação foram depois trocadas pelo passe de um jogador do Clube Atlético Juventus, do bairro paulistano Moóca.

Quando o Estádio Jayme Pinheiro de Ulhôa Cintra (ou apenas Jayme Cintra) estava em construção, a rádio local Santos Dumont fez uma campanha para doação de materiais, a “Campanha do Tijolo Pró-Paulista”. A rádio Difusora também teve grande importância para a divulgação do time, sendo a pioneira na transmissão de seus jogos.

O Dr. Jayme Cintra foi presidente da Cia. Paulista de Estradas de Ferro na década de 50, período de construção do estádio e deslocou pelo cerca de 20 funcionários da empresa, voluntários, para trabalharem nas obras, cedendo inclusive um ônibus para o transporte diário deles.

Como as obras consumiam muito dinheiro, apesar de o clube ter recebido o terreno em doação, formou-se durante dois anos uma cooperativa entre jogadores, que conseguiram levar para jogos amistosos em Jundiaí os hoje tão famosos Corinthians e São Paulo, arrecadando assim algum dinheiro extra. As instalações onde até então estivera sediado foram loteadas e vendidas, ajudando na arrecadação de fundos.

O novo estádio foi inaugurado ainda inacabado, em 30 de maio de 1957, com uma partida entre o Paulista F. C. e o Palmeiras, que acabou manchando a festa com 3 gols marcados, contra apenas 1 do time da casa. Apenas no ano seguinte o Galo transferiu-se definitivamente para lá.

O Paulista F. C. foi nove vezes campeão da cidade de Jundiaí e em suas disputas estaduais, já venceu a Ponte Preta de Campinas pelo elástico placar de 14 a 0.

Em 1953 disputou uma semifinal com o Linense, equipe que hoje também está de novo em evidência. Em 1957 foi inicialmente deixado de fora do campeonato e com uma ajudinha política, conseguiu disputá-lo e chegar mais uma vez à semifinal, sendo derrotado pelo Botafogo.

 

O GALO CHEGA À PRIMEIRA DIVISÃO


Após um período de trevas, sendo manipulado politicamente e à beira de ser doado à prefeitura, o clube avançou rumo à Divisão Especial, ao conquistar invicto em 19 partidas o título de Campeão Amador do Estado de São Paulo, a Segundona de 1968.

A equipe formada pelos jogadores Edilberto, Gilberto, Baitú, Difú, Pedrão, Polini, Cipriano, Amadeu, Elias, Bidufa e Ditinho, comandados pelo técnico Benoni Pires, conquistaram no mesmo ano o campeonato amador de Jundiaí, que venceria também nos dois anos seguintes.

O Paulista permaneceu cerca de uma década na Divisão Especial e voltou a cair para a Série A-2, mas visitou a Primeira novamente outras vezes, depois de ter amargado até uma triste estada na série A-3, ou Terceira Divisão. Hoje esse quase desconhecido da maioria é o time com melhor aproveitamento entre os grandes e tradicionais da principal.

Nesta primeira parte, você conheceu parte da história do Paulista extraída da obra do pesquisador Cláudio Lucato, desde a fundação do clube até a sua ascenção à Primeira Divisão, ou Série A-1 do Campeonato Paulista de Futebol. Na próxima publicação você irá  ler sobre o Paulista nos dias atuais.

Meu sincero agradecimento ao amigo João Gilberto Geraldo, pelo valioso exemplar dessa bela obra de relevante importância histórica que me presenteou.